quarta-feira, 21 de julho de 2010

As 8 Maravilhas de S. Jorge da Beira


AS 8 MARAVILHAS DE S. JORGE DA BEIRA

1.ª O Museu é o ex-líbris da nossa Aldeia, pois conta a história das pessoas da Aldeia.

2.ª A Capela da Nossa Senhora de Fátima e o seu magnífico recinto com jardim, onde se celebra a missa campal, em honra de Nossa Senhora de Fátima, no último Domingo de Maio.

3.ª A Igreja Paroquial onde se pode ver a perfeição dos Santos antigos.

4.ª O Centro de Solidariedade Social, maior empregador desta aldeia e cuja missão é cuidar dos nossos idosos.

5.ª O Casario Tradicional, incluindo a Junta de Freguesia, o Museu, os Moinhos de Água, a Associação Sanjorgense e algumas casas particulares.

6.ª O Clube Recreativo Estrela da Serra, a Banda Filarmónica e a Associação da juventude Sanjorgense.

7.ª A nossa Banda Filarmónica, que actua nas festas dos arredores e já actuou na Alemanha.

8.ª O Ringue, onde os jovens podem organizar jogos de futebol, etc.…, com balneários e um bar.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Apresentação do Blogue


Somos o grupo de formandos do Curso de Assistente Familiar e de Apoio à Comunidade de S. Jorge da Beira, promovido pela entidade formadora Lopes Garcia Consultores Lda.

Temos o prazer de vos convidar a visitar o nosso blog http://www.roteirosjorgedabeira.blogspot.com.

Este blog foi criado para divulgar os nossos trabalhos, realizados durante a formação, e dar a conhecer a Aldeia onde decorre a formação.

Queremos também passar a mensagem de que vale a pena investir na formação, pois o mercado de trabalho está cada vez mais competitivo e cada vez mais exige funcionários com maiores qualificações.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Glossário de palavras típicas de S. Jorge da Beira

Sapouche – nevoeiro
Ómóra mai negra – ora essa
Agoroudia – no outro dia
Enecobe – depois
Abroxor a blusa – apertar a blusa
Conhoda – cunhada
Leblina – nevoeiro
Namror – namorar
Malendcadão – mal educado
Cmer – comer
Rçor – cortar
Dar de corpo – fazer necessidades
Abaganhed – com muita água
Pele/certã – frigideira
Verter água – urinar
Bacróda – porcaria
Cluvi – clube
Cavalicas – aos ombros
Cherer – cheirar
Brouc – buraco
Scouched – rachado
Pão scrapiede – pão bom

provérbios

◊ Março Marçagão de manhã Inverno de tarde Verão.
◊ Em Abril ainda a velha queimou o carro e o carril, deixou uma canga para Maio e o chavelhão para o Mês de S. João.
◊ Fevereiro quente trás o diabo no ventre.
◊ A casamentos e batizados só vão os convidados.
◊ Antes malho que bigorna - mais vale bater que apanhar.
◊ De mau grão não sai bom pão – não se deve esperar grandes gestos de pessoas mesquinhas.
◊ Olha, descobriu a pólvora – inventar o que está inventado, ou trazer como novidade coisas velhas.
◊ Enquanto o pau vai e vem, folgam as costas – enquanto isso o tempo passa.
◊ O que não se faz dia de Santa Luzia, faz-se no outro dia.
◊ Por dá cá aquela palha – zangar-se, brigar ou ofender-se por qualquer coisinha.
◊ Entre o Vale de Ermida e o barroco do Ti Zé Ferreiro está um pote cheio de dinheiro, que mete tanto vulto como o Cabeço Cravalheiro.
◊ Se a candeia ri está o frio para vir, se a candeia chora está o frio fora (isto acontece no dia 2 de Fevereiro dia da Nossa Senhora das Candeias, pois se está sol a candeia ri se está a chover a candeia chora).

O começo das minas


A ser verdade o que se conta na nossa aldeia, as Minas da Panasqueira existem porque outrora existiam carvoeiros na nossa terra que na altura se chamava Cebola, hoje São Jorge da Beira. Então foi o seguinte: Há mais de 100 anos Cebola viviam basicamente do carvão, sendo a grande parte desse carvão transportado em carros de bois para a Covilhã, viagem que demorava 3 dias para cada lado, uma vez que a sede do nosso concelho fica a mais de 50 quilómetros, era uma viagem muito difícil: Através dos montes até às fábricas de confecções da cidade, fábricas essas que consumiam o tal carvão.




Terá sido numa fábrica da cidade que segundo se conta um Engenheiro terá feito descoberta.




Para quem não sabe o que é o volfrâmio vai um esclarecimento. O volfrâmio é um minério totalmente preto que misturado com o carvão se confunde com este pela cor, mas com a grande diferença do peso, pois o mesmo volume de volfrâmio tem muitas vezes mais peso que o carvão. Os carvoeiros que faziam esta deslocação por vezes levavam consigo essas pedras (volfrâmio) para poder fazer muito mais peso e facturar mais quilos de carvão.
Ao serem descobertas essas pedras pretas foram analisadas e chegou-se à conclusão de que era um minério muito valioso. Logo a seguir fez-se a viagem ao inverso Covilhã- Cebola o local onde era feito o carvão.
E lá está o local chama-se serra das poças e foi aí que se deu o primeiro contacto com o minério e começou a exploração no local chamado val de ermida.
Já se passaram 105 anos e a exploração continua e hoje ainda se apura 120 a 150 mil quilos por mês.
Muitos a mina os matou com a chamada doença da silicose e desabamentos de terreno, mas também serviu de sobrevivência a muitos milhares de famílias, assim sendo o balaço é positivo.



Lenda da moura

Segundo me contava a minha mãe, às eiras das casas, aparecia uma mulher à qual chamavam de Moura Encantada, muito bonita de cabelos loiros muito compridos, a pentear-se com um pente de ouro.
Um dia, passou lá uma mulher que ia levar o almoço ao marido, que andava em Cartalongo, a trabalhar no campo. A mulher viu aquela moura tão bonita e chegou-se ao pé dela. A moura ao vê-la perguntou-lhe se ela queria o pente dela. A mulher respondeu-lhe que sim. A moura acrescentou que lhe dava o pente, se ela deixasse encostar a sua língua à dela. A mulher achou o pedido estranho e disse-lhe que não. Apesar da recusa e como recompensa por esta não ter medo dela, tirou uma mão cheia de carvão da sua cesta e atirou-a para o cesto da mulher. A mulher quando chegou mais a baixo ao barroco do Vale de Bacelo deitou o carvão fora.
Quando chegou a Cartalongo contou ao marido o que se tinha passado. Ao tirar o almoço do cesto viram que estava qualquer coisa no fundo do cesto, que parecia ser ouro. Ao verem aquilo, vieram os dois ao lugar onde a mulher tinha deitado o carvão fora, a ver se era ouro, mas o que lá havia era carvão e não ouro. A partir desse dia, a mulher nunca mais viu a moura.

Lenda contada por Florinda Brás Gonçalves

Receita do Cabrito Assado

CABRITO ASSADO NO FORNO

Ingredientes:
Cabrito
Vinho Branco
Azeite
Colorau
Pimenta Branca
Alhos
Serpão
Louro
Massa Pimentão
Cebola

PREPARAÇÃO:
Tempera-se o cabrito num tabuleiro algumas horas antes, com estes ingredientes e vai ao forno a assar. Acompanha-se bem com qualquer tipo de batata.