sexta-feira, 9 de julho de 2010

O começo das minas


A ser verdade o que se conta na nossa aldeia, as Minas da Panasqueira existem porque outrora existiam carvoeiros na nossa terra que na altura se chamava Cebola, hoje São Jorge da Beira. Então foi o seguinte: Há mais de 100 anos Cebola viviam basicamente do carvão, sendo a grande parte desse carvão transportado em carros de bois para a Covilhã, viagem que demorava 3 dias para cada lado, uma vez que a sede do nosso concelho fica a mais de 50 quilómetros, era uma viagem muito difícil: Através dos montes até às fábricas de confecções da cidade, fábricas essas que consumiam o tal carvão.




Terá sido numa fábrica da cidade que segundo se conta um Engenheiro terá feito descoberta.




Para quem não sabe o que é o volfrâmio vai um esclarecimento. O volfrâmio é um minério totalmente preto que misturado com o carvão se confunde com este pela cor, mas com a grande diferença do peso, pois o mesmo volume de volfrâmio tem muitas vezes mais peso que o carvão. Os carvoeiros que faziam esta deslocação por vezes levavam consigo essas pedras (volfrâmio) para poder fazer muito mais peso e facturar mais quilos de carvão.
Ao serem descobertas essas pedras pretas foram analisadas e chegou-se à conclusão de que era um minério muito valioso. Logo a seguir fez-se a viagem ao inverso Covilhã- Cebola o local onde era feito o carvão.
E lá está o local chama-se serra das poças e foi aí que se deu o primeiro contacto com o minério e começou a exploração no local chamado val de ermida.
Já se passaram 105 anos e a exploração continua e hoje ainda se apura 120 a 150 mil quilos por mês.
Muitos a mina os matou com a chamada doença da silicose e desabamentos de terreno, mas também serviu de sobrevivência a muitos milhares de famílias, assim sendo o balaço é positivo.



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